O principal objetivo da Pastoral Familiar é desenvolver projetos de evangelização para as famílias da nossa comunidade, formar novos agentes pastorais, se integrar com as demais pastorais, promover atividades regulares de evangelização, como o ECC e o Encontro de Preparação para Vida Matrimonial (conhecido como Curso de Noivos), sempre centrados na Boa Nova de Jesus Cristo, cultivando a Paz, promovendo a família, a unidade e a busca pela santidade.

O QUE É A PASTORAL FAMILIAR?

É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes específicos, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.

COMO COMEÇOU?

No Concílio Vaticano II começou-se a delinear na Igreja uma proposta inspiradora para os esforços da evangelização da família.
Desde o início de seu pontificado, o Papa João Paulo II dedicou atenção especial à família.

No Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada na década de 80, quando foram realizados vários encontros nacionais com os representantes de alguns movimentos e serviços familiares.

Em 1981, no IV Sínodo dos Bispos, foi promulgada a Exortação Apostólica Familiaris Consortio sobre a missão da família cristã no mundo de hoje.
Desde então, foram realizadas muitas ações pela Igreja no Brasil, mas percebe-se que a missão da Pastoral Familiar é muito mais ampla, urgente e indispensável. Atualmente, a Pastoral Familiar pode contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar não somente de sacrifício, mas também de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade, de filiação, como estrutura de um pertencer que desperte crescimento, maturidade, e proporcione satisfação (Cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – DGAE, 2008-2010). Por isso, a família deve ser ajudada por uma pastoral familiar intensa e vigorosa.

MISSÃO

A missão evangelizadora da Pastoral Familiar é a defesa e a promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida, bem como a defesa dos valores cristãos para o matrimônio e os relacionamentos pessoais e familiares. Para isso, é imprescindível promover articulações dentro e fora da Igreja, para defender a vida em todas as suas etapas e dinamizar, além de dinamizar e orientar ações em favor da família.

A Pastoral Familiar possui quatro metas principais:

  • Fazer da família uma comunidade cristã;
  • Fazer com que a família seja santuário da vida;
  • Resgatar para a família seu justo valor de célula primeira e vital da sociedade;
  • Tornar a família missionária e Igreja doméstica.

OBJETIVOS

  • Formar agentes qualificados
  • Acolher toda família a partir da realidade em que se encontra;
  • Santificar os laços familiares;
  • Apoiar a família no seu papel educador
  • Promover a missão em família;
  • Valorizar os tempos litúrgicos e datas civis;
  • Articular o trabalho em conjunto com as outras pastorais e movimentos eclesiais;
  • Estabelecer articulações também com forças externas à Igreja.

COMO ESTÁ ORGANIZADA?

Para alcançar os objetivos propostos, foi instituída a Comissão Nacional da Pastoral Familiar – CNPF composta pelo bispo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, pelos bispos conselheiros, pelos assessores nacionais, pelo casal coordenador nacional e pelos bispos, assessores e casais representantes nacionais dos movimentos eclesiais, institutos e serviços familiares.

Considerando a realidade brasileira e a experiência eclesial, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, propõe a seguinte organização em nível diocesano e paroquial:

a) Setor Pré-Matrimonial

  •  Preparação Remota: articulada com Crisma, jovens, catequese e escola;
  • Preparação Próxima: evangelizar namorados e noivos;
  • Preparação Imediata: Diálogo com o Padre, Retiro Espiritual, Rito Sacramental e Celebração.

b) Setor Pós-Matrimonial

  • Oferecer ajuda e formação para recém-casados e grupos familiares;
  • Formação contínua opara a vida conjugal, familiar, comunitária e celebrações especiais.

c) Setor Casos Especiais

  • Os casais em segunda união e seus filhos sejam acolhidos, acompanhados e incentivados, conforme sua situação, a participarem da vida da Igreja, segundo as orientações de Magistério.
  • Acompanhar as diferentes realidades das famílias de migrantes, mães e pais solteiros, família distanciadas da igreja, matrimônios mistos, atenção especial aso idoso, viúvos, alcoolismo etc.

RESPONSÁVEIS PELA PASTORAL FAMILIAR

  • Bispos, sacerdotes e diáconos;
  • Religiosos e religiosas;
  • Agentes leigos devidamente formados;
  • Famílias;
  • Serviços e institutos familiares;
  • Leigos especializados;
  • Outros Agentes: casos especiais.

 

PASTORAL ORGÂNICA

A Pastoral Familiar constrói sua organicidade buscando estabelecer cooperação com outras iniciativas da Igreja, no estilo Corpo de Cristo.

         É uma pastoral bastante abrangente, inclui o casal, os filhos, os parentes, a comunidade e a sociedade. Por isso, deve trabalhar com as outras pastorais, porque tudo parte da família e, ao, mesmo tempo, tudo se dirige à família. É voltada para a família, “um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora”. E, nela, todas as pessoas têm lugar; todas as pastorais, movimentos, serviços e institutos, de uma maneira ou de outra, têm sua contribuição a dar, como também sua contribuição a receber.

         A pastoral familiar surge como uma resposta da Igreja em favor da família que, agredida, se desestrutura e tem dificuldades de existir, evangelizar os relacionamentos e formar cidadãos.

         Já dizia João Paulo II que o “futuro da humanidade passa pela família”. Isso significa que, na medida em que nos descuidamos dessa instituição básica da sociedade que é a família, que não a reconstruirmos e a fortalecemos, bem como a deixarmos ir à deriva e não lhe dermos ótimas condições para cumprir sua vocação e sua missão, o futuro da humanidade fica ameaçado. A família é essencial para construir um futuro digno para a sociedade humana. A verdade é que tudo passa pela família. Para o ser humano, tudo se inicia na família. Ali são postos os fundamentos sobre os quais se constrói a vida de cada um. Uma vez que essa passagem pela família for desastrosa, também o futuro será desastroso. Entretanto, o oposto torna-se real: se esta passagem for positiva, educadora, personalizada e socializadora o futuro será afortunado.

PALAVRAS DOS PAPAS SOBRE A PASTORAL FAMILIAR

“Em cada Diocese, vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero, o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo ‘investimento’ altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo apoio a uma Pastoral Familiar efetiva” (João Paulo II, junho de 1990 aos Bispos brasileiros em Roma)

“A família deve ser a vossa grande prioridade pastoral! Sem uma família respeitada e estável, não pode haver organismo social sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial” (João Paulo II, outubro de 1991 aos Bispos brasileiros em Campo Grande, MS)

“Em toda Diocese se requer uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa para proclamar o Evangelho da Família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados” (Papa Bento XVI, V Conferência de Aparecida, 2007)

Fonte: Comissão Pastoral para a Vida e a família – CEPVF/CNBB; Comissão nacional da Pastoral Familiar – CNPF; Secretaria-Executiva Nacional da Pastoral Familiar – SECREN

 

 

PASTORAL FAMILIAR NA PARÓQUIA SANTA CLARA E SÃO FRANCISCO DE ASSIS

A partir do ano de 2014 iniciou-se um movimento para implantar a Pastoral Familiar na paróquia. Entretanto, apenas no ano de 2015 é que de fato a iniciativa se consolidou. No mês de outubro aconteceu um encontro, na então capela Sagrados Corações de Jesus e de Maria, no qual participaram vários casais da comunidade. Surgiu, assim, o primeiro núcleo de agentes, que passou a se reunir semanalmente com o intuito de delinear a estrutura da pastoral de acordo com as determinações do Diretório da Pastoral Familiar. O apoio da CAPF (Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar) foi fundamental para que a pastoral, enfim, fosse oficialmente implantada no dia 15 de novembro de 2015 com uma missa solene presidida pelo então Arcebispo da Arquidiocese de Brasília, D. Sergio. Daí em diante a pastoral foi se fortalecendo. À medida que promovia eventos como novena de natal, preparação de noivos para o matrimônio, formações, dia da família etc, mais agentes se engajavam. Com o crescimento da equipe, foi possível implementar dois grandes serviços de evangelização: o ECC (Encontro de Casais com Cristo) que, por sua vez, se desenvolveu vigorosamente e, com a participação de toda a comunidade pastoral paroquiana, auxilia os casais que receberam o sacramento do matrimônio a viverem uma união centrada em Cristo; e o Casamento Comunitário, que tem como foco proporcionar aos casais que já vivem maritalmente a possibilidade de receberem o sacramento do matrimônio. Desde 2016 é realizada uma edição por ano e vários casais já foram contemplados. Este é um evento grandioso que envolve toda uma logística de preparação desde a inscrição dos casais até a cerimônia propriamente dita.

Outro evento notável é a ‘Noite de Pizza’ que ocorre duas vezes ao ano e reúne cerca de 400 pessoas a cada realização. Vale ressaltar que é este festival que patrocina financeiramente grande parte das atividades desenvolvidas pela Pastoral Familiar como, por exemplo, os já citados ECC e Casamento Comunitário.

O empenho e a dedicação de todos os envolvidos são essenciais para o bom êxito das atividades desenvolvidas pela Pastoral Familiar. Aquilo que começou timidamente se transformou num grande meio de evangelização. O paroquiano Ilton Júnior, precursor desta ação evangelizadora, ressaltou que “quando algo é da vontade de Deus, cresce de forma espontânea. Se isso não fosse um desejo de Deus não teria se desenvolvido. Então, o fundamento de todo esse trabalho foi Jesus Cristo. Sendo assim, é para Ele e por Ele que devemos trabalhar porque a obra de Deus não se destrói”.