Paróquia Santa Clara São Francisco de Assis
A paróquia é o lugar de acolhida, de vivência dos sacramentos, de proximidade dos filhos de Deus, tendo a missão de ser suporte para as pessoas, sem burocracia ou exclusões, conforme palavras do Papa Francisco.
As paróquias devem ser “escolas de amor”.
Comunidade significa “comunhão”, de pessoas e das pessoas com a Santíssima Trindade. Essa comunhão se realiza em primeiro lugar no Batismo, Sacramento que nos introduz na nova família que é a Igreja e na comunidade paroquial, e se renova em cada Eucaristia, Sacramento que nos alimenta na fé.
Unir, formar comunhão, e alimentar, ou acompanhar o crescimento, representam o sentido de “ser” da paróquia.
A paróquia deve ser “escola de amor”, não somente uma escola da fé, mas sobretudo escola de serviço e generosidade.
O Catecismo da Igreja, recorda para todos que após sermos instruídos na fé, ou seja, depois de conhecermos as verdades fundamentais da fé cristã, devemos celebrar esta mesma fé através dos Sacramentos, para depois viver os seus princípios e rezar em comunidade.
Essas são as quatro partes fundamentais do Catecismo que nos fazem ver que a fé é uma questão pessoal, mas não pode existir sem a sua dimensão comunitária. A vida cristã só é genuína quando vem continuamente alimentada pela nossa comunhão eclesial, que pode acontecer de muitas maneiras, mas se concretiza de modo mais significativo e intenso na paróquia e na prática do amor.
A menção do termo “comunidade de comunidades”, conduz na recuperação do sentido da paróquia/comunidade como “casa”, ou domus ecclesiae, em que os primeiros cristãos viveram de modo tão intenso, na fé e na caridade.
A paróquia é a nossa “casa” alargada, onde encontramos a “família” de irmãos e irmãs em Cristo.
O Concílio Vaticano II expressou de modo maravilhoso o sentido da Igreja como comunhão de irmãos e irmãs que se concretiza no conceito de Povo de Deus, de Templo do Espírito e de Corpo de Cristo.
A paróquia estará sempre marcada pelos limites humanos, contudo o Papa Francisco nos exorta a repensar o estilo de nossa comunidade paroquial, para que permita aos seus membros viverem em comunhão como autênticos discípulos missionários de Cristo.
O Papa Francisco lança para todos os paroquianos um grande desafio: não apenas rezar pela paróquia, mas refletir sobre nossa presença enquanto paroquiano, na participação e construção da “comunidade de comunidades”, visando o enfrentamento dos desafios, e também a alegria de ser casa de Deus.
A Paróquia Santa Clara e São Francisco tem como padroeiros filhos de Deus que se entregaram totalmente ao Serviço do próximo, tendo como exemplo a missão apostólica de Jesus Cristo na terra.
Santa Clara de Assis
Clara nasceu em Assis, Itália, em 1193; era uma jovem inteligente e bela, filha de uma família rica, que se tornou uma “dama pobre”. Desde cedo, destacou-se pela sua caridade para com os pequeninos. Deparou-se com a pobreza evangélica de Francisco de Assis e se apaixonou pelo seu estilo de vida.
Em 1212, com apenas dezoito anos, Clara deixou sua família para seguir a Jesus de modo radical. Assim, foi ao encontro de Francisco de Assis, na igrejinha da Porciúncula, em Santa Maria dos Anjos, que ele havia restaurado. Francisco cortou os cabelos de Clara como sinal de sua entrega total a Cristo pobre. Em seguida, recebeu um hábito grosseiro de lã e pronunciou os votos de pobreza, castidade e obediência.
Clara, juntamente com outras companheiras, dirigiu-se para a igreja de São Damião, onde deu início à Ordem contemplativa feminina da Família Franciscana ou Clarissas, da qual foi mãe e modelo, sobretudo no longo período de enfermidade, totalmente resignada à vontade divina. Não obstante, com o Santíssimo Sacramento, teve a força de expulsar os mouros, que queriam invadir a cidadezinha de Assis.
Quando São Francisco faleceu, em 1226, Clara teve o singular privilégio de assistir, – projetadas na parede de sua pequena cela – as imagens solenes do rito fúnebre do santo, que se realizava na igreja Santa Maria dos Anjos. Por este motivo, Santa Clara foi proclamada “Patrona da Televisão”.
Clara viveu ainda 27 anos depois da morte de Francisco. Ela faleceu, com 60 anos, em São Damião, no dia 11 de agosto de 1253, pronunciando as palavras: “Meu Deus, bendito sejais por ter-me criado!”
Santa Clara rogai por nós!
São Francisco de Assis
Pequeno de estatura, de caráter extrovertido, Francisco sempre nutriu no coração o desejo de realizar grandes empreendimentos; isto o induziu, com a idade de vinte anos, a partir, primeiro para a guerra entre Assis e Perugia e, depois, para a Cruzada. Filho de um rico mercante de tecidos, Pedro de Bernardone, e de uma mulher nobre provençal Pica, nasceu em 1182 e cresceu entre a opulência da família e a vida mundana.
Ao retorno da dura experiência bélica, doente e abalado, foi irreconhecível por todos. Alguma coisa, além da experiência no conflito, havia afetado profundamente a sua alma.
Ele jamais havia se esquecido das palavras recebidas em sonho, em Espoleto: “Por que te inquietas em buscar o servo em vez do Senhor?”. A sua existência tomou um novo rumo, guiado pelo constante desejo de saber para que Deus o chamasse. Oração e contemplação, no silêncio dos campos da Úmbria, levaram-no a abraçar como irmãos os leprosos e os desprezados, contra os quais sempre sentia sempre aversão e repugnância.
São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja em ruína”.
A voz que ouviu em Espoleto voltou a ressoar no silêncio da oração diante de um crucifixo bizantino na igrejinha abandonada de São Damião: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja, que como vês, está em ruína”. Aquela admoestação, antes entendida como convite a reconstruir pedra por pedra a ruína da capelinha, com os anos revelou ao jovem seu pleno significado. Ele era chamado a “coisas maiores”: “renovar”, em espírito de obediência, a Igreja que, na época, era investida por divisões e heresias.
A irreprimível alegria, brotada pelo sentir-se amado e chamado pelo Pai, aumentou no jovem o desejo de viver de Providência e, em prol do Evangelho, decidiu deixar seus bens aos pobres. Era irreparável a divergência criada com o pai, Pedro de Bernardone. Este o denunciou publicamente; então, o filho declarou seu íntimo desejo de casar com a senhora Pobreza, despojando-se das suas vestes diante do Bispo Guido.
Numerosos companheiros uniram-se a Francisco, que, como ele, queriam viver o Evangelho ao pé da letra, em pobreza, castidade e obediência. Em 1209, o primeiro núcleo de “frades” foi a Roma encontrar-se com o Papa Inocêncio III, que, impressionado por “aquele pequeno jovem de olhos ardentes”, aprovou a Regra, depois confirmada definitivamente, em 1223, por Honório III.
O amor ardente por Cristo, expresso graciosamente com a representação do primeiro Presépio vivo, em Greccio, no Natal de 1223, levou o pobrezinho a conformar-se com Jesus e a receber, como primeiro santo da história, o sigilo dos estigmas. O “Jogral de Deus” foi testemunha da alegria da fé, aproximando do Evangelho também os não crentes e até capturando a atenção do Sultão, que o acolheu com honras na Terra Santa.
A vida de Francisco foi um constante hino de louvor ao Criador. O “Cântico do Irmão Sol”, primeira obra-prima poética da literatura italiana, – escrita quando Francisco estava enfraquecido pela doença, – é expressão da liberdade de uma alma reconciliada com Deus, em Cristo. O Santo vai ao encontro de Jesus com alegria, quando a “irmã morte” o vem visitar: era a tarde de 3 de outubro de 1226.
Francisco morreu, com 44 anos, no piso rude da Porciúncula, lugar onde recebeu o dom da “indulgência do Perdão”. Sua canonização ocorreu dois anos depois. O espírito de Francisco continua a inspirar muitos à obediência à Igreja, à promoção do diálogo entre todos, na verdade, na caridade e na tutela da Criação.
Motivada pelo exemplo de seus padroeiros, a Paróquia Santa de Clara e São Francisco de Assis, estimula a vida comunitária por meio de suas pastorais, movimentos e serviços, e busca cumprir a premissa de ser Igreja em saída, levando a alegria do Evangelho onde for necessário.
A Paróquia tem sob sua jurisdição a Capela Rainha da Paz, localizada no Condomínio Itaipu.
Atualmente, possui como Pároco o Padre Norbey Londoño Buitrago, como Vigário Paroquial Padre Ednaldo Castro e como Diácono Permanente Nélio do Amparo Macabu.
A estrutura paroquial é composta de Secretaria e 22 (pastorais, movimentos, serviços e Associações), oferecendo à comunidade uma diversidade de atividades, cada qual com seu carisma, mas todos com o objetivo primeiro de evangelizar e construir o Reino de Deus.
As atividades paroquiais são intensas, com missas e encontros diversos, de segunda a domingo, contemplando catequese para todas as idades, grupos de oração, encontros, palestras e formações.”
As Missas são celebradas na Matriz de terça a sexta às 19h, aos sábados às 17h30 e aos domingos às 8h, 11h e 19h, na Capela Rainha da Paz aos sábados às 19h.
Se você se sente chamado a participar da nossa comunidade, seja muito bem-vindo.
Histórico
No início dos anos 2000, um grupo de pessoas dedicadas a Deus e à Igreja, moradoras do bairro residencial Jardim Botânico e arredores, tiveram a iniciativa, frente à sua necessidade espiritual, de construir um templo católico para exercício de sua fé. Esse grupo, liderado pela Sra. Simone Martins, com desprendimento e muito trabalho, buscou os recursos necessários para iniciar a construção das instalações e propor a sua consagração a São Francisco de Assis.
Em maio de 2002 foram iniciadas as atividades para a construção da Capela São Francisco de Assis. A pedra fundamental para início das obras foi lançada em agosto de 2002, e em setembro ocorreu a primeira missa campal, com a presença de representantes do governo do Distrito Federal.
A partir de então, ainda que a capela não tivesse paredes e teto, as missas passaram a ser realizadas.
Em 21/02/2003 foi formalizada a Associação dos Amigos do Templo Religioso Católico São Francisco de Assis, representada, à época, por seu presidente, Lúcio Ricardo Nogueira de Paula e pelo vice-presidente, Pe. Valdinei Maria Bicalho Barbosa. O objetivo era a criação de um CNPJ, com uma respectiva conta bancária, para que se pudesse concentrar as doações para o desenvolvimento da obra de construção. Os nomes de todos os participantes dessa associação pioneira constam das atas das várias assembleias realizadas para deliberar sobre os assuntos da construção.
Nesse ponto, a Providência Divina agiu, tocando o coração de muitas pessoas e empresas que, percebendo a dificuldade para a obtenção de recursos, voluntariamente se engajavam na campanha para captação, doando generosamente materiais de construção e dinheiro. Também foram realizados churrascos, bingos, rifas, almoços e jantares em datas comemorativas, bazares e festas juninas, conforme previa o estatuto da associação. A comunidade respondeu ao chamado e as obras continuaram.
No dia 29 de abril de 2007, após 4 anos de muita dedicação da comunidade nascente, por meio do Decreto no 12/2007, o então Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom João Bráz de Avis, erijiu a Paróquia Santa Clara e São Francisco de Assis. Foi acrescentado ao nome da paróquia uma homenagem a Santa Clara de Assis, tornando assim definitiva a sua denominação. Na mesma data, foi lavrada a Ata de Criação e Instalação da Paróquia, e tomada de posse no novo pároco. Para essa tarefa foi nomeado o Pe. Jobson Jeder Gomes e, também, o vigário paroquial, o Pe. Valdinei de Maria Bicalho Barbosa.
Durante a gestão do Pe. Jobson foram concluídas as obras da paróquia e iniciadas as obras do Centro Catequético, para abrigar as atividades pastorais e de evangelização.
No dia 21 de novembro de 2014, o então Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, dada a vacância produzida na paróquia, nomeou o Pe. André Pereira Lima como novo pároco. Neste mesmo ano, o padre Edilson Santos da Costa foi nomeado vigário paroquial, exercendo o cargo até o ano de 2019. Durante a gestão do padre André Lima, foram observadas várias realizações, dentre elas podemos elencar a criação de várias pastorais e movimentos, a organização administrativa e financeira da paróquia, incentivo à evangelização com diversas ações no sentido de oferecer opções de aprendizagem à comunidade, com destaque para a Escola da Fé. Além disso, foram realizadas várias obras de melhoria do centro catequético, com o objetivo de dar maior conforto para as atividades pastorais e de evangelização, colocadas à disposição da comunidade. Atualmente está se desenvolvendo uma campanha para arrecadação de fundos visando a reforma da paróquia.
Em julho de 2021, o Padre Wellington foi designado como Vigário de nossa Paróquia.
A iniciativa de alguns e o auxílio de muitos concorreu para a realização de mais uma obra a serviço de Jesus Cristo e de sua Igreja. Cabe, então, uma singela homenagem aos pioneiros dessa obra, relacionados a seguir, a partir dos nomes encontrados nas primeiras atas da Associação dos Amigos do Templo Religioso Católico São Francisco de Assis:
- Abgail de Sena G. Ribeiro
- Ana Lúcia Resende da Cunha
- Angélica Lacerda Paiva
- Antonio Josélio de Melo Santos
- Bernadete Caparica Pereira Muniz
- Ernestina Leite de Almeida
- Ieda Rodrigues Marques
- Jeannette de Fátima Lacerda Paiva
- João Batista Marinho Pimenta
- João Ribeiro da Silva Sobrinho
- José dos Reis Ferreira de Almeida
- José Luiz Rodrigues Pereira
- José Mário Magalhães Paiva
- Joseilton J. de Medeiros
- Leony Gonçalves da Cunha
- Lindolfo Rodrigues da Cunha Filho
- Lúcio Ricardo Nogueira Paula
- Maria do Socorro Pereira
- Pe. Valdinei Maria Bicalho Barbosa
- Pedro Lúcio Coelho
- Rossana de Lima Cesar Palermo
- Shirlei Quirino P. de Medeiros
- Simone Martins
- Sônia Maria Carneiro da Silva
- Terezinha dos Santos Xudre
- Zaida Santana da Cunha
Este breve histórico contou com a colaboração do Sr. Lúcio Ricardo Nogueira de Paula e da Sra. Sonia Maria Carneiro da Silva, que gentilmente forneceram informações, fotos e documentos da época do início da vida da paróquia, e do Sr. Romilson Aiache que buscou e compilou todas as informações.